Em meio à movimentação das siderúrgicas, que buscam pressionar o governo a elevar a tributação sobre o aço importado para 25%, especialmente o proveniente da China, os setores dependentes desse insumo estão defendendo a manutenção da taxa atual de 9,6%.
Argumentam que o aço produzido nacionalmente tem um custo mais elevado no mercado interno do que o valor cobrado pelas empresas siderúrgicas de seus clientes no exterior.
A coalizão industrial argumenta a favor da manutenção da taxa atual com base na iminência de um repasse de preços, caso a sobretaxa sobre o aço chinês seja implementada
O Instituto Aço Brasil, que representa as principais siderúrgicas nacionais, afirma que não se pode afirmar que existe a disparidade de preços mencionada pela coalizão.
Quanto a esse aspecto, o Instituto Aço Brasil argumenta que a medida foi tomada devido à incapacidade de algumas empresas produzirem placas de aço em quantidade suficiente no mercado interno para atender à demanda de seus clientes.
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As importações de aço provenientes da China aumentaram significativamente este ano, registrando um aumento de 48,6%, enquanto a produção nacional apresentou uma queda de 8,4% até setembro. As vendas internas diminuíram 5,4%, e as exportações caíram 4,4%.
As projeções indicam um aumento de 50% na entrada de aço chinês no país em 2023, em comparação com o ano anterior, totalizando 5 milhões de toneladas. Isso representaria cerca de 25% do consumo anual de aço no país, estimado em 20 milhões de toneladas.