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Transporte de Contêineres Apresenta Atrasos que Podem Impactar o Comércio Mundial

Os principais portos do mundo continuam a sofrer atrasos no processamento de contêineres de importação, situação que deve continuar nos próximos meses com o aquecimento das vendas no varejo e a manutenção de alguns gargalos logísticos.
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Originalmente Publicado em:. Transporte de contêineres apresenta atrasos que podem impactar o comércio mundial – Mirian Gasparin

Os principais portos do mundo continuam a sofrer atrasos no processamento de contêineres de importação, situação que deve continuar nos próximos meses com o aquecimento das vendas no varejo e a manutenção de alguns gargalos logísticos. É o que aponta o mais novo relatório sobre a situação mundial do transporte de contêineres elaborado pela project44, plataforma líder em visibilidade em tempo real da cadeia de suprimentos.

A alta temporada de varejo e os problemas persistentes com gargalos logísticos significam que os principais portos do mundo continuam a sofrer atrasos no processamento de contêineres de importação. Essa situação deve continuar nos próximos meses. O volume global de contêineres cresceu 0,6% ano sobre ano em junho e 8% em relação a junho de 2019, refletindo a força contínua do mercado de transporte marítimo.

O lead time de carga, uma métrica que mede o tempo total para a carga chegar ao porto de descarga desde o recebimento no porto de origem, é um indicador crítico da saúde das principais rotas comerciais. Os prazos de entrega no Trans-Pacífico caíram 48% desde o início do ano. Graças à eliminação do atraso nos principais portos da Baía de San Pedro, os tempos de trânsito passaram de 43,7 dias para 22,6 dias em julho de 2022.

“As estatísticas de congestionamento nesta época do ano são um sinal claro de fissuras no ecossistema logístico à medida que entramos na alta temporada de vendas”, afirma Adam Compain, vice-presidente senior de Supply Chain Insights, project44.

Segundo o relatório, os portos europeus fracassaram em suas tentativas de se reconciliar com sua força de trabalho em greve, fazendo com que portos como Roterdã, Hamburgo e Bremerhaven lutassem com navios acomodados, levando à fila de navios em sua costa. O lead time médio de carga para a rota Transatlântica subiu para 27 dias em julho, perto de seu recorde histórico de 29 dias no início do ano.

 

No entanto, a situação do congestionamento deverá piorar em toda a Europa, com o porto de Felixstowe, um importante porto britânico, enfrentando uma greve de oito dias de 21 a 29 de agosto, de trabalhadores portuários, após uma negociação fracassada para chegar a um acordo trabalhista com as autoridades portuárias. Isso fará com que as linhas de contêineres bloqueiem as viagens para o porto e os transportadores desviem cargas para portos europeus próximos, como Roterdã e Antuérpia, que já estão observando volumes elevados de importação chegando às suas costas.

A rota comercial Ásia-Europa continua sendo a única rota comercial que não sofreu uma piora nos prazos de entrega de cargas, graças à resiliência dos principais portos asiáticos – especialmente os complexos portuários chineses como Xangai e Yantian – que funcionaram com sucesso para reduzir as filas de navios acumuladas no primeiro semestre deste ano. Com isso, os prazos de entrega na rota Ásia-Europa ainda são significativamente maiores do
que a média pré-pandemia, que era de 29 dias.

Contêineres vazios

O número crescente de contêineres vazios também contribui para os congestionamentos observados nos terminais portuários e é igualmente um efeito colateral dos lead times de carga que melhoraram ao longo do primeiro semestre do ano. Quando os prazos de entrega caem vários dias nas principais vias, isso resulta em mais contêineres de importação cheios chegando à costa em uma determinada semana – aumentando os problemas coletivos das operações de logística em terra. Mais tarde, ao retornar aos complexos portuários, isso leva a um surto de contêineres vazios, resultando em gargalos por falta de espaço de pátio.

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Sobre Cícero Costa
Cícero Costa é advogado tributarista, professor de direito tributário, especialista em direito tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários, com MBA em negociação e tributação internacional e palestrante. Sua atuação prática em mais de 15 anos de experiência fizeram de Cícero um dos maiores especialistas em precatórios e importação em Alagoas.