Segundo informações reveladas nesta quarta-feira (20), as importações de soja e milho do Brasil pela China apresentaram um expressivo aumento de 108% em novembro, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Esse notável crescimento destacou a ascensão do Brasil, que superou os Estados Unidos, historicamente líderes nesse segmento, durante um período tradicionalmente dominado pelos suprimentos norte-americanos.
Em novembro, de acordo com informações da Administração Geral de Alfândega, a China importou 5,29 milhões de toneladas de sementes oleaginosas do Brasil.
A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) projeta que o Brasil está a caminho de alcançar um recorde de embarques de milho em 2023, estimando 56,2 milhões de toneladas, em comparação com os 44,7 milhões do ano passado.
Esse aumento é impulsionado pela demanda chinesa e uma safra recorde.
A preferência dos compradores chineses pela safra recorde do Brasil se deve aos preços atrativos, enquanto as remessas dos Estados Unidos, o segundo maior fornecedor da China, diminuíram devido à seca no Canal do Panamá e no Rio Mississippi.
Em um desvio do padrão, a China aumentou suas compras de soja brasileira, normalmente centradas nos EUA no quarto trimestre do ano, aproveitando a oferta favorável do Brasil.
O Brasil consolidou sua posição como principal fornecedor de milho para a China, registrando um volume de 3,22 milhões de toneladas em novembro.
A China alcançou uma marca recorde de importações de milho, totalizando 3,59 milhões de toneladas em novembro, de acordo com dados da alfândega. Esses números se somam a uma safra interna também recorde, exercendo uma pressão adicional sobre os preços no segundo maior produtor mundial desse cereal.
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