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Comex do Brasil em 2022: Perspectivas e Tendências

Descubra o que será tendência no ano de 2022 no Comex do Brasil e se prepare para o ano que está por vir.
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Sumário

Bom, os anos de 2021 e 2022 certamente foram muito desafiadores para todos nós. Isso porque, todo mundo sofreu em algum grau os efeitos da pandemia, tanto os efeitos diretamente ligados às questões de saúde, quanto os efeitos do impacto econômico. E o Comex do Brasil também foi impactado.

Enquanto vemos a vacinação avançando, também vemos a esperança de volta à normalidade se firmando em meio aos negócios. 

Mas em 2022 nós precisamos nos manter atentos a todas as variáveis que podem impactar o mercado de Comércio Exterior.

No entanto, 2020 também foi um ano de oportunidades para quem soube aproveitar e se reorganizar em meio às adversidades. 

Sendo assim, é essencial que você busque informações sobre os possíveis temas que podem influenciar o Comex do Brasil, tanto de forma favorável quanto desfavorável ao mercado. 

Por isso, nós da XPOENTS decidimos criar um artigo que busca reunir as maiores preocupações e oportunidades que podem ser tema de destaque no ano que está por iniciar. 

Ao longo do texto você verá que a pandemia ainda é um ponto de atenção, assim como a tendência de desburocratização e digitalização de processos acompanhado da redução de impostos que tende a permanecer como uma boa oportunidade ao longo do ano. 

Devemos estar atentos à alta do frete, do dólar e da crise de abastecimento que assola o mundo, devendo ainda estar atento às eleições brasileiras que tendem a deixar o mercado instável. 

Por fim, podemos verificar oportunidades na importação de equipamentos para Energia Solar, Internet das Coisas, com o advento da tecnologia 5G, e a importação de insumos agrícolas. 

Tudo isso e muito mais você poderá conferir agora!

Estar informado e buscar reduções de custos é o que garantirá que sua empresa conquiste um diferencial competitivo e que garantirá destaque frente aos concorrentes. 

Pandemia

O Comex do Brasil Infelizmente, piorou no período de pandemia de Covid-19 e seu impacto na economia mundial. 

O Brasil tem avançado na vacinação da população adulta nos últimos meses e está iniciando um processo delicado de reabertura comercial e de afrouxamentos das medidas de restrição de aglomeração e locomoção, a fim de evitar a propagação do Covid-19, assim como outros países e promover o reaquecimento da economia.

Esse avanço carrega a esperança de um pronto retorno nos próximos meses e volta à normalidade já no início de 2022. 

No entanto, todas as questões envolvidas na pandemia devem ser levadas com extrema cautela, buscando formas de flexibilização que se mostrem seguras ao longo prazo e que não permitam que os casos de hospitalização e óbitos voltem a crescer de maneira assustadora.

Sendo assim, um dos fatores que atraiu atenção de líderes mundiais foi a propagação da variante Delta do Covid-19, por exemplo, uma variante mais transmissível e que está elevando o número de contágios nos países, mesmo aqueles com alta porcentagem de vacinação completa.

Infelizmente, essa variante não é a única preocupação, tendo em vista que há também a possibilidade de surgimento de outras variantes.

Além disso, mesmo nos países com alto índice de vacinação, a pandemia têm levado novas ondas de novos casos, maiores do que as já enfrentadas desde 2020. 

Dessa forma, infelizmente, a pandemia ainda pode ser um fator de preocupação para o mercado.

Assim, as notícias na Europa, por exemplo, não são nem um pouco animadoras sobre o retorno à normalidade. 

A Áustria recentemente, no dia 22 de novembro de 2021, iniciou seu quarto lockdown nacional para tentar conter a Covid-19. Com cerca de 66% da população totalmente vacinada contra a Covid-19, sendo uma das taxas mais baixas da Europa Ocidental. 

Na Alemanha a situação também não é muito diferente. A líder do país, Angela Merkel, afirmou também no dia 22 de novembro de 2021 que medidas até então adotadas não eram suficientes diante da “situação dramática provocada pelo surto de infecções”. 

Na oportunidade Angela também afirmou que com a evolução e os recordes diários de casos, a situação seria pior do que tudo já tinha sido visto até o momento. Sendo a pior onda de Covid desde o final de 2019, quando a disseminação do vírus iniciou. 

Até mesmo países com alto índice de vacinação, como Israel, têm passado por dificuldades com novas ondas da pandemia. 

Por isso vale a atenção em 2022, buscando tomar boas decisões e prevendo possíveis gargalos na logística, inclusive. 

Desburocratização e Digitalização de Processos

Nesse ano e no início de 2021 nós vimos uma tendência e diversas ações do Governo Federal na tentativa de desburocratizar e digitalizar processos relacionados de forma direta e indireta à importação e exportação. Uma tendência que deve prosseguir em 2022. 

Uma série de medidas privadas, governamentais, logísticas e operacionais estão sendo tomadas para que o Comércio Exterior se torne mais prático e acessível. 

Por exemplo, há o processo de implantação da DU-E e DUIMP, que visam a integração de sistemas que agilizem todo o processo de desembaraço aduaneiro para aqueles que exportam e importam.

Redução de Impostos

Também vimos a redução de impostos para diversos itens, principalmente o Imposto de Importação incidente sobre equipamentos para geração de energia solar, skates, impressoras, medicamentos, milho, arroz, videogames etc. Uma prática reiterada do Governo Federal em sua política fiscal e que deve permanecer em 2022. Por isso, você deve manter atenção e quem sabe investir nesses itens com alíquota zero para diversificar seus produtos. 

Devemos lembrar que até o final deste ano (2021), diversos produtos e insumos relacionados com a atividade médico-hospitalar estão com o Impostos de Importação zerado e estão com flexibilizações na obtenção de licenças. Podendo possibilitar ainda uma oportunidade para novos investimentos.  

Frete Alto: Crise dos Contêineres

Ainda no ano de 2020 sentimos os efeitos do aumento dos preços dos fretes, como decorrência da crise de contêineres no mundo. Essa crise surgiu em virtude da pandemia, fazendo com que houvesse uma concentração de contêineres nos Estados Unidos, principalmente. 

Como consequência, importadores tiveram que arcar com os custos do frete passando da casa dos US$ 10.000 dólares por contêiner padrão. 

Agora discutimos quando essa crise irá acabar. Com especialistas afirmando que ela deveria perdurar até a segunda metade de 2022. Dessa forma, nossas expectativas é que os fretes sigam em alta por um tempo considerável durante boa parte do ano de 2022. 

Vale lembrar que com a crise dos contêineres as grandes transportadoras estão lucrando

A maior empresa de navegação do mundo, a Danish Maersk, por exemplo, graças ao aumento dos preços dos fretes, registrou no terceiro trimestre de 2021 o período mais lucrativo de seus 117 anos de história. 

As grandes empresas de transporte marítimo acabaram por ser as grandes vencedoras da crise da cadeia de abastecimento transportando mercadorias em todo o mundo.

Como há excesso de demanda por parte dos consumidores e falta de oferta para movimentar os produtos, os preços do transporte marítimo dispararam.

Em algumas das rotas marítimas mais movimentadas entre a Ásia e os Estados Unidos, Europa ou América Latina, as tarifas aumentaram mais de 500%..

Comex do Brasil: A Crise de Abastecimento

Uma consequência dessa crise é que ela gerou uma crise de abastecimento global, com a falta de diversos produtos e com o aumento nos preços, o que deve ser uma tendência para os próximos meses, mas que deve ir para a normalidade na segunda metade de 2022.

Aqui no Brasil o que também contribuiu para a crise de abastecimento global foi o apetite insaciável da China e o dólar em alta histórica. Esses dois fatores alinhados fizeram com que o agricultor optasse pela exportação de seus produtos, ocasionando uma falta de produtos internamente, como milho, arroz e soja. Isso fez com que houvesse a necessidade de intensificação das importações desses itens

Dólar em Alta e Eleições Presidenciais 

O dólar americano atingiu a cotação de R$ 5,87 em 2021 e deve permanecer em alta em 2022. O que impacta diretamente nas importações. 

As expectativas do mercado não eram das melhores para 2021 e devem ser ainda piores em 2022, visto que será ano eleitoral. 

Sendo assim, com eleições se aproximando, investidores temem por impactos negativos de uma polarização do pleito entre o presidente Jair Messias Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.

Desse modo, espera-se que a eleição seja “apertada”, destarte teremos muita volatilidade e dólar alto, principalmente se Lula se mostrar à frente nas pesquisas. 

Especialistas afirmam ainda que é muito difícil termos um dólar abaixo de cinco reais em 2022.

Historicamente sabemos que há maior volatilidade entre os meses de julho e setembro de anos de eleição, havendo impacto direto no câmbio. 

Na melhor das hipóteses, o dólar americano pode fechar 2022 abaixo de cinco reais, mas a queda somente é esperada para depois das eleições. 

Taxa de Uso do Siscomex

Importação para Energia Solar

Mesmo em meio à pandemia, um setor que se destacou muito foi o de importação de produtos relacionados à geração de energia solar. Esses setor têm vivido seu melhor período nos últimos dois anos, além de estarem com alíquota de imposto de importação zerada. A tendência é que essa área siga em alta em 2022.

Estima-se que cerca de R$ 15 bilhões serão investidos pela iniciativa pública e R$ 23,2 bilhões serão investidos pelo setor privado nos próximos anos.

O Nordeste vem experimentando uma onda de investimentos em novas usinas de geração de energia proveniente do sol, através do sistema fotovoltaico. 

Além da alta aplicação de recursos para o desenvolvimento, essa onda aponta que há uma grande competitividade nos últimos leilões de energia realizados pelo Governo. 

O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), em janeiro de 2020, apresentou um novo recorde que resultou em um pico de geração de 1.232 megawatts, o que representou 10,4% do consumo da região. 

Logo esse recorde foi superado, no dia 19 de fevereiro de 2020, sendo gerado um pico de 1.257 megawatts.

O que poderia ser considerado como motivo de comemoração expressiva e até inesperado, na verdade é algo que está se tornando comum na região. Espera-se uma sequência de quebra de recordes de geração de energia, em decorrência do alto investimento e do potencial energético do Nordeste. 

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, a região nordeste já tem 54 usinas em operação, divididas entre cidades da Bahia, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí. 

Essa onda de investimentos deve permanecer em 2022, assim como as reduções de impostos para a importação de itens dessa área. 

Aumento nos preços das importações se mantém em novembro, aponta Icomex FGV/IBRE

Importação de Internet das Coisas

Outro que deve dar suas caras e roubar a cena nas importações, são os produtos relacionados à Internet das Coisas.

O conceito básico da Internet das Coisas, também chamada de Internet of Things (IoT) é o de uma rede muito ampla de dispositivos conectados, que vão desde computadores comuns até carros autônomos e drones de entregas. 

O Objetivo principal da Internet das Coisas é o de facilitar a vida dos usuários e dos clientes, tornando o uso de certos dispositivos mais simples e automatizando tarefas através de informações e comandos. 

O seu foco é voltado para todos os equipamentos do dia a dia de um indivíduo, instituição, empresa ou de uma cidade inteira. 

Seu uso deve se apoiado em decorrência da implementação da tecnologia 5G, que deverá começar a ser implantada no próximo ano. 

Importação de Insumos e Equipamentos Agrícolas

Mesmo com todas as dificuldades, o agronegócio foi o segmento mais estável e promissor em 2021. 

O agronegócio, ao ser analisado isoladamente em meio a crise econômica, vem se destacando nos últimos meses em relação ao aumento de produção, exportação e importação também.

Analistas observam que em meio a pandemia o agronegócio não sofreu grandes impactos.

Apesar de ser um dos maiores produtores e exportadores de alimentos como, por exemplo, a soja, o Brasil se viu obrigado a importar um dos alimentos que ele mais produz para poder passar a entressafra devido às exportações em massa para a China. O mesmo ocorreu com o arroz e o milho.

A alta cotação do dólar fez com que produtores preferissem exportar os produtos, o que ocasionou na necessidade de importação.

Assim, as exportações deverão seguir em alta em 2022, assim como a importação de insumos e equipamentos. 

Brasil bate recorde de importação de commodities agrícolas

Comércio Externo pode ter bom 2022: Commodities

Analistas têm afirmado que o comércio internacional pode ter um ano de forte otimismo em 2022, com a diminuição da pandemia e uma atuação mais forte do presidente Joe Biden a favor do livre comércio. 

Afirmam ainda que a normalização das viagens internacionais aéreas e navais vai reduzir o custo do frete, com efeito positivo sobre a inflação. 

No entanto, o Brasil pode sofrer com a retração de sua parcela no comércio externo, visto que os preços das commodities podem passar por uma correção, após as fortes altas de 2021. 

Para o presidente-executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro:

O aumento da exportação é puxado pelas commodities, que são 75% de tudo que vendemos para fora. Já a importação está mais alta porque estão faltando peças, componentes, por conta da pandemia. O mercado interno não está conseguindo suprir os produtos, e por isso as compras estão em alta.

Para ele, esse cenário de “desorganização” deve se estabilizar em 2022, o que levará à uma retração da parcela das exportações e uma diminuição da demanda por produtos importados, acreditando ainda que a inflação deve retrair com a normalização da movimentação de navios e containers. 

Comércio Exterior só voltará à normalidade no segundo semestre de 2022

No entanto, há análises que indicam que o Comércio Internacional somente deverá voltar à normalidade no segundo semestre de 2022. 

O caos no comércio internacional gerado pela forte alta no custo  do frete aliada à grave escassez de contêineres somente deverá se normalizar no início do segundo semestre de 2022, quando os valores dos fretes e a cadeia logística já deverão estar estabilizados.

A gigante de contêineres, Hapag-Lloyd, alertou que a crise de transporte global de contêineres pode se estender até o ano que vem em meio a negociações trabalhistas, questões ambientais e condições climáticas adversas que podem dificultar o fluxo de mercadorias.

A expectativa do mercado de que os problemas tendem a diminuir com o alívio da pandemia em 2022 pode ser muito otimista, disse Rolf Habben Jansen, diretor-presidente da quinta maior transportadora de contêineres do mundo.

As negociações com trabalhadores portuários nos EUA podem interferir nas operações, enquanto novas regras em elaboração pela Organização Marítima Internacional vão reduzir a capacidade do mercado. Além disso, os eventos climáticos extremos estão aumentando, disse Jansen. Também é difícil saber até quando vai durar o atual boom de demanda.

Ocasionando na necessidade de preparação para enfrentar possíveis problemas ao longo de 2022. 

Extra: Estréia do Primeiro Navio de Contêineres Elétrico Autônomo do Mundo

Talvez não será em  2022 que os navios elétricos autônomos transportadores de contêineres alcançarão maior parcela do Comércio Exterior, mas é importante que conheçamos essa tecnologia que pode se tornar tendência nas próximas décadas, por ser mais ecologicamente sustentável e que pode se tornar mais econômica. 

O primeiro navio de contêineres totalmente elétrico e de autodireção do mundo, de propriedade da fabricante de fertilizantes Yara, está se preparando para navegar na costa sul da Noruega e desempenhar seu papel nos planos do país de limpar sua indústria das emissões de carbono.

O navio é o Yara Birkeland, que possui 80 metros de comprimento e deve substituir o transporte de caminhões entre a fábrica da empresa Yara em Porsgrunn, no sul da Noruega, e seu porto de exportação em Brevik, a cerca de 14km de distância, a partir de 2022. 

Ele deverá cortar cerca de 1.000 toneladas das emissões de carbono por ano, o que equivale a 40.000 viagens movidas a diesel, e espera-se que ele seja totalmente autônomo em dois anos. 

O navio irá carregar e descarregar sua carga, recarregará suas baterias e também navegará sem envolvimento humano.

Os sensores serão capazes de detectar e entender rapidamente objetos como caiaques na água para que o navio possa decidir que medidas tomar para evitar bater em qualquer coisa.

Comex Brasil

Ano de Desafios e de Oportunidades

Como vimos ao longo do texto, o próximo ano continuará cheio de desafios em virtude da pandemia, da alta do dólar, da crise de contêineres e do abastecimento e da inflação. 

Além disso, os problemas podem receber a influência da eleição presidencial que deve trazer instabilidade para o mercado, com a grande volatilidade do dólar e as preocupações com a política econômica do Brasil para os próximos quatro anos, no mínimo.

Entretanto, como visto, pode ser um ano também de oportunidades para aqueles que se preparam e antecipam decisões de acordo com análises precisas. 

Continuaremos tendo reduções de impostos e isenções para diversos itens, como os relacionados à geração de energia solar. O que pode representar uma oportunidade para expandir suas operações com a diversificação de itens importados. 

Pode ser necessário ainda tomar novas medidas para reduzir o impacto dos danos que podem sobrevir ao Comércio Exterior. 

Por exemplo, pode ser essencial adotar um planejamento tributário que indique benefícios fiscais à importação ou exportação que diminuam o custo tributário. 

Um desses benefícios pode ser o Benefício Fiscal de Alagoas à Importação que possibilita a redução de mais de 90% dos custos com ICMS devido na importação, o que representa cerca de 20% dos custos totais da operação. 

Além disso, o benefício fiscal concede o diferimento do ICMS devido na entrada das mercadorias. 

Ele também não exige que as mercadorias transitem fisicamente por Alagoas, sendo assim, as mercadorias podem ser desembaraçadas através de qualquer porto ou aeroporto do Brasil, garantindo a manutenção de sua atividade logística, com a redução de custos e de tempo. 

Restaram dúvidas? Deseja saber mais sobre o Benefício Fiscal de Alagoas à Importação? Nós estamos aguardando seu contato para responder a todas as suas perguntas. Envie-nos um e-mail para [email protected] ou entre em contato através de nosso número: +55 82 3025.2408.

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Sobre Cícero Costa
Cícero Costa é advogado tributarista, professor de direito tributário, especialista em direito tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários, com MBA em negociação e tributação internacional e palestrante. Sua atuação prática em mais de 15 anos de experiência fizeram de Cícero um dos maiores especialistas em precatórios e importação em Alagoas.