
Devido à tragédia que afetou o Rio Grande do Sul, responsável por 70% da produção de arroz do país, o Brasil receberá a importação de arroz a partir da próxima terça-feira (21) para evitar o desabastecimento nos supermercados.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) coordena a operação.
Na primeira fase, serão adquiridas cerca de 104 mil toneladas de arroz, destinadas à venda para pequenos varejistas e equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional nas regiões metropolitanas de sete estados: São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Pará e Ceará.
O governo federal alocou R$ 416 milhões para a aquisição do arroz e R$ 100 milhões para despesas de equalização de preços para a venda do produto.
A compra será realizada por meio de leilões públicos, por meio da interligação de bolsas de mercadorias, conforme edital que será publicado pela Conab.
“O Governo Federal não tem a intenção de competir com os produtores de arroz que enfrentam dificuldades.
Nosso objetivo é evitar especulação financeira e estabilizar o preço do produto nos mercados de todo o país”, afirma o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
O arroz será descarregado nos portos de Santos (SP), Salvador (BA), Recife (PE) e Itaqui (MA).
O cereal será embalado em embalagens padronizadas de 2 quilos, com a marca do Governo Federal.
Preço O governo federal estima que o preço do quilo do arroz não ultrapassará R$ 4,00 para o consumidor final. “Este é o valor que o consumidor pagará pelo arroz importado pelo governo brasileiro para abastecer o mercado nacional, contribuindo para a redução do custo de vida, já que o arroz é essencial na alimentação do povo brasileiro”, destacou Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.