Auditores da Receita Federal que atuam no Porto de Santos, o mais importante do país, começaram uma operação-padrão que pode afetar o comércio exterior brasileiro. Eles pressionam o governo por aumento de salário após a decisão do presidente Jair Bolsonaro de privilegiar a Polícia Federal na concessão de reajustes. Além da operação-padrão, os servidores do órgão farão uma entrega coletiva dos cargos de chefia.
Com a decisão, a análise, seleção e distribuição das declarações de importação serão feitas de modo mais criterioso. “Isso acarretará maior demora no fluxo do comércio exterior do país”, informou o Sindifisco, sindicato que representa os auditores da Receita Federal.
Os servidores do órgão também decidiram não participar de operações e reuniões externas de trabalho. Além disso, serão suspensas as reuniões da Comissão Local de Facilitação do Comércio Exterior, que reúne integrantes de vários órgãos governamentais.
Como as demais aduanas do país também estarão em operação-padrão, poderá ocorrer a lentidão na liberação de mercadorias e o desabastecimento no mercado, segundo o Sindifisco. De acordo com o governo, não há margem no orçamento para contemplar todas as carreiras do funcionalismo.