Originalmente Publicado em:. Importação de fertilizantes deve cair 50% em outubro (canalrural.com.br)
As importações de fertilizantes pelo Brasil devem registrar queda de 50% em outubro deste ano — isso no comparativo com o mesmo mês do ano passado. É o que apontou o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, durante a edição desta terça-feira (25) do boletim ‘AgroExport’.
Ao conversar com o jornalista e apresentador Antônio Pétrin durante o telejornal ‘Mercado & Companhia’, Ferreira expôs números divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia. De acordo com o órgão, o país comprou 4,7 milhões de toneladas de fertilizantes em outubro de 2021. Em outubro deste ano, as compras devem encerrar o mês na casa das 2,3 milhões de toneladas.
O apresentador do ‘AgroExport’ afirmou, nesse sentido, que o produtor brasileiro vive “um ano muito peculiar” em relação ao mercado de fertilizantes. Nesse sentido, ele chamou a atenção para cinco fatores:
- Preço em alta;
- Custos elevados;
- Conflito no leste europeu;
- Temor de escassez do produto;
- Antecipação das compras no primeiro quadrimestre do ano.
Reexportação de fertilizantes
Dentro da atual peculiaridade, Giovani Ferreira destacou, ainda, que o país passou a recentemente reexportar fertilizantes.
“Agora, estamos tendo que reexportar. Compramos bastante, mas temos que ‘devolver’”, comentou o diretor de conteúdo do Canal Rural.
Importação de fertilizantes: volume similar ao de 2021
Apesar da queda em outubro, Giovani Ferreira destacou a projeção para o todo de 2022. De acordo com ele, as importações devem fechar o ano com volume similar ao de 2021, quando foram importadas 41,29 milhões de toneladas de fertilizantes.
“Neste ano, devemos fechar na casa das 40 milhões de toneladas“, afirmou, ao lembrar que, na tentativa de reduzir os custos, o produtor rural brasileiro passou a fazer uso mais racional de fertilizantes.
Mesmo com a projeção de menor volume importado, o desembolso na parcial de 2022 já é o maior da série histórica iniciada em 2018. Até o momento, o país já gastou US$ 21,73 bilhões. Em 2021, por exemplo, o desembolso ficou em cerca de US$ 15,14 bilhões.
