Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito, anunciou nesta terça-feira, 08 de novembro de 2022, os escolhidos que irão compor a equipe econômica, durante o período de transição.
Durante coletiva de imprensa, no CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil, que é também a sede do gabinete de transição governamental, em Brasília, foram anunciados pelo coordenador da transição do governo e também vice-presidente eleito o grupo técnico econômico, são eles: André Lara Resende, Guilherme Mello, Nelson Barbosa e Pérsio Arida.
André Lara Resende
André Lara Resende é PHD em economia pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology), conselheiro do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e sócio fundador do Instituto de Estudos em Política Econômica da Casa das Garças.
Guilherme Mello
Guilherme Mello, economista e sociólogo, foi assessor econômico durante a campanha de Fernando Haddad em 2018. Atualmente é professor do Instituto de Economia da Unicamp e diretor do Centro de Estudos de Conjuntura do IE/Unicamp.
Nelson Barbosa
Nelson Barbosa é economista e já atuou anteriormente no governo Lula como Secretário de Política Econômica e como secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda. Também esteve presente durante o governo Dilma Rousseff, onde ocupou o cargo de ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e do Ministério da Fazenda.
Pérsio Arida
Economista e estudioso do processo inflacionário brasileiro, Pérsio Arida ficou conhecido como um dos idealizadores do Plano Real no governo de Itamar Franco. Também comandou o BNDES na gestão de Itamar, entre os anos de 1993 e 1994 e além disso coordenou o Banco Central durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1995.
Dificuldades para 2023
A equipe que assumirá em janeiro de 2023, enfrentará algumas dificuldades que não se limitam apenas à questão fiscal. O jornal Estado de São Paulo ouviu alguns analistas que mostram sinais de desaceleração econômica, com taxas de juros altas, inflação elevada e uma produtividade que permanece sem expectativa de crescimento.
Ademais, o cenário econômico internacional também irá contribuir com essa desaceleração, por enfrentar atualmente um momento difícil, o que pode fazer com o que o futuro governo Lula enfrente, assim que assumir o governo, diversos problemas econômicos, que demorou mais a acontecer com governos anteriores, sendo esta uma preocupação para a nova equipe econômica.
Entretanto, os estudiosos apontaram que essas expectativas de redução brusca na aceleração econômica já eram previstas bem antes da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Este ano o aumento para o PIB já chega aos 2,75%, já em 2023 se espera apenas um aumento entre 0,5% e 1%, o que irá ocasionar o pior resultado desde 2016, com exceção de 2020 (ano afetado pela pandemia).
A economista Zeina Latif se pronunciou dizendo: “Não é que vamos para um quadro de colapso, mas terá uma arrumação na economia. A população em geral não sabe disso e pode dizer que (a desaceleração) é culpa do Lula. Será importante esse balanço ser feito (pelo novo governo) e cuidar da comunicação.”
