
Em resposta à situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul devido às recentes chuvas intensas e enchentes, o Governo Federal tomou medidas emergenciais.
Na última sexta-feira (10), foi publicada no Diário Oficial da União uma Medida Provisória autorizando a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a importar até um milhão de toneladas de arroz dos países do Mercosul, visando recompor os estoques públicos do produto.
A iniciativa visa prevenir um possível aumento nos preços do arroz no Brasil, dada a significativa contribuição do Rio Grande do Sul, responsável por 70% da produção nacional de arroz.
O estado, que enfrenta desafios logísticos devido às condições climáticas adversas, recebeu especial atenção do governo para garantir a estabilidade do abastecimento.
Apesar das preocupações manifestadas pela população em relação ao abastecimento, tanto os produtores de arroz quanto as redes de supermercados enfatizaram que não há ameaça iminente de escassez.
A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) asseguraram que a colheita está em andamento e que o produto disponível é de boa qualidade, garantindo o fornecimento para os consumidores.
Além do arroz, outros produtos agrícolas essenciais, como batata, cebola e tomate, também foram afetados pelas condições climáticas desfavoráveis.
Diante disso, o Governo Federal estendeu a autorização de importação para esses itens, reconhecendo seu impacto direto na segurança alimentar da população.
Economistas alertaram para a importância de uma importação cuidadosamente equilibrada, a fim de evitar efeitos adversos sobre os produtores nacionais.
A expectativa é de que a importação inicial de 200 mil toneladas de arroz seja realizada principalmente dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, com a possibilidade de inclusão da Bolívia.
Neste contexto, é fundamental que o governo avalie de forma criteriosa as medidas a serem adotadas, garantindo não apenas a estabilidade do abastecimento, mas também a sustentabilidade econômica para todos os envolvidos na cadeia produtiva agrícola.