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Aumento na Importação de Fertilizantes em 2022, em relação a 2021

Entenda o que ocasionou o aumento na importação de fertilizantes, bem como as estimativas para o mercado.
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Atualmente, o Brasil se encontra entre os principais exportadores de produtos agrícolas, estando atrás apenas da União Europeia, EUA e China. Isso se deu pelo fato de que o Brasil sempre possuiu um território considerado fértil, o que levou a uma alta exploração do terreno brasileiro. Por isso, os fertilizantes sempre foram produtos muito utilizados no território brasileiro.

Por conseguinte, cabe ressaltar que 85% dos fertilizantes utilizados nas lavouras brasileiras são importados. Mas isso não é necessariamente ruim, pois apesar do Brasil ter potencial para se tornar autossuficiente em adubos químicos, o gasto com a produção interna de fertilizantes, seria bem maior, do que o que é gasto com a importação de adubos, atualmente.

De acordo com o relatório divulgado pelo Radar Agro do Itaú BBA, o volume de importação de fertilizantes no Brasil chegou a 27,9 milhões de toneladas em setembro de 2022, apresentando alta de 3,8% no acumulado em relação ao mesmo período de 2021. 

Ademais, um fator que contribuiu para o aumento da importação de fertilizantes, foi o conflito entre Rússia e Ucrânia. Tendo a Rússia como principal fornecedora de produtos férteis para o território brasileiro, muitos empresários do ramo agrícola decidiram importar em grandes quantidades, no início do conflito, para assim evitar um aumento ou até mesmo escassez desses produtos.

Assim, o que aconteceu foi um aumento muito grande da importação de fertilizantes entre os meses de abril a julho de 2022, devido ao adiantamento nas compras desses produtos pelas indústrias. Portanto, a quantidade mensal foi bem maior nesses meses, comparada ao mesmo período em 2022.

Para se ter uma ideia, até o mês de julho, foi registrado um aumento, na importação de fertilizantes, de 14,7% acima do acumulado no mesmo período em 2021. 

Assim, há mais fertilizantes disponíveis nos portos, entretanto, os volumes negociados diminuíram nos meses de agosto e setembro, levando a uma diminuição na chegada desses produtos advindos da importação, se comprado aos mesmos meses de 2021.

De acordo com o relatório, a antecipação das compras dessas mercadorias, juntamente com a diminuição da demanda interna pode ter contribuído para o acúmulo nos estoques dos produtos nos portos.

“As cotações internacionais dos produtos registraram máximas próximas das históricas nos meses de março e abril deste ano, o que contribuiu para o atraso das compras por parte do mercado interno, mesmo num cenário de alto fluxo de chegada dos produtos”, aponta.

“Nos últimos meses, os preços das principais matérias primas retornaram aos níveis pré-guerra, entretanto ainda seguem acima da média histórica, fator que prejudica a retomada da demanda. Desse modo, a ANDA (Associação Nacional para Difusão de Adubos) projeta uma queda de 5% a 7% nas entregas domésticas do produto, fator que pode causar um estoque de passagem maior para o Brasil em relação ao que se esperava no início do ano. Quanto ao balanço de O&D, para que as entregas ao mercado sejam aproximadamente 5% menores em relação às de 2021, ainda são necessárias importações de 9,3 milhões de toneladas até o final do ano”, conclui.

 

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Sobre Cícero Costa
Cícero Costa é advogado tributarista, professor de direito tributário, especialista em direito tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários, com MBA em negociação e tributação internacional e palestrante. Sua atuação prática em mais de 15 anos de experiência fizeram de Cícero um dos maiores especialistas em precatórios e importação em Alagoas.