Originalmente Publicado em:. Investimento de Agro em importação de bens indica desempenho favorável, diz FGV – ISTOÉ DINHEIRO (istoedinheiro.com.br)
A agropecuária investiu mais na importação de bens intermediários e de bens de capital, o que indica um desempenho mais favorável adiante do nível de atividade desse setor no Brasil, segundo os dados do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) divulgado nesta quarta-feira, 17, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O volume de bens intermediários importados pela agropecuária de janeiro a julho cresceu 10,4% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto o volume adquirido de bens de capital para o setor avançou 73,9% no período. As aquisições cresceram a despeito do aumento nos preços: os custos dos bens intermediários para a agropecuária saltaram 131,0% de janeiro a julho, enquanto os preços de bens de capital subiram 7,5%.

“Receios de desabastecimento no setor de adubos e fertilizantes e perspectivas de preços das commodities favoráveis influenciaram esses resultados”, justificou a FGV, em nota do Icomex.
No acumulado do ano, o volume importado de adubo/fertilizantes cresceu 15,5%, a despeito de uma alta de preços de 138%.
Já as importações de bens intermediários pela indústria recuaram 0,1% de janeiro a julho, enquanto as de bens de capital aumentaram 5,4%.
O saldo da balança comercial brasileira foi de US$ 5,4 bilhões em julho, US$ 1,9 bilhão a menos que em julho de 2021. No acumulado de janeiro a julho de 2022, houve um superávit de US$ 39,9 bilhões, ante um saldo de US$ 44,4 bilhões em igual período em 2021.
“Com isso, as projeções de mercado para a balança comercial passaram a oscilar entre US$ 58 bilhões e US$ 65 bilhões”, apontou a FGV, sobre as estimativas para 2022.