A possível redução nas tarifas de importação solicitada pela BYD ao governo federal pode comprometer até R$ 180 bilhões em investimentos previstos pela indústria automotiva até 2030. O setor alerta para o risco de desindustrialização, caso o Brasil passe a depender de montagens com peças importadas, enfraquecendo a produção local. A decisão será analisada pela Camex em 30 de julho e é vista como decisiva para o futuro da competitividade nacional.
Introdução – O que está em jogo para a indústria nacional
A indústria automotiva brasileira, um dos pilares da economia nacional, enfrenta um novo ponto de tensão. A gigante chinesa BYD protocolou um pedido ao governo federal para a redução das tarifas de importação de peças automotivas, propondo a diminuição de 20% para 5% nos kits SKD e de 18% para 10% nos kits CKD, que serão utilizados em sua nova planta industrial em Camaçari, na Bahia.
Essa solicitação, se aprovada, pode comprometer investimentos já anunciados pelo setor, que somam R$ 180 bilhões até 2030. Os fabricantes nacionais alertam que o país corre o risco de se tornar um polo de montagem, e não mais de produção efetiva. Com a data da decisão se aproximando, as atenções do setor estão voltadas para a próxima reunião da Câmara do Comércio Exterior (Camex).
Os riscos ocultos por trás da redução tarifária
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), por meio de seu presidente Igor Calvet, posicionou-se de forma contundente contra o pedido. A entidade vê a medida como uma ameaça direta à competitividade da indústria nacional, já fragilizada por um cenário de retração nos indicadores.
No primeiro semestre deste ano, a produção caiu 6,5%. Além disso, as vendas no varejo sofreram uma retração de 10%. Por sua vez, o volume de emplacamentos de veículos importados já soma 228 mil unidades, o que tem pressionado ainda mais o mercado nacional. Dessa forma, o setor enfrenta dificuldades para escoar sua produção, especialmente diante de um ambiente global que se mostra cada vez mais agressivo.
O receio, segundo Calvet, é que o Brasil caminhe para uma estrutura produtiva de baixo valor agregado, onde a indústria local se limita a montar peças vindas do exterior, sem desenvolvimento tecnológico, sem geração ampla de empregos e sem sustentabilidade a longo prazo.
Uma decisão com repercussões estratégicas
A justificativa do pedido da BYD está ligada à instalação de sua nova fábrica no Brasil. Além disso, à necessidade de viabilizar sua operação com maior competitividade de custos. No entanto, para os fabricantes brasileiros, a conta não fecha: a redução das tarifas pode comprometer o ecossistema produtivo como um todo.
Setores ligados à cadeia automotiva, como siderurgia, autopeças e logística industrial, também seriam afetados. Pequenas e médias empresas fornecedoras, que atuam como parte do ciclo de produção nacional, enfrentariam ainda mais dificuldades em manter suas atividades com margens já apertadas.
Além disso, o momento da solicitação é especialmente delicado. No dia 30 de julho, data prevista para a análise do pedido pela Camex, também entrará em vigor uma nova tarifa de 50% sobre exportações brasileiras nos Estados Unidos, aumentando a pressão externa e tornando o cenário ainda mais incerto.
A saída possível: inteligência tributária e estratégia
Diante de um cenário desafiador, é cada vez mais evidente que empresários e importadores precisam adotar um planejamento tributário sólido. Essa estratégia deve ser bem estruturada para reduzir os impactos de decisões políticas e mudanças nas alíquotas de importação. A redução de custos não pode depender exclusivamente de políticas públicas ou decisões pontuais.
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Conclusão: agir agora é preservar o amanhã
A discussão sobre a redução das tarifas de importação envolve mais do que interesses comerciais entre países ou grandes montadoras. Trata-se da proteção de uma base industrial estratégica para o Brasil e da manutenção da autonomia produtiva nacional.
O que está em jogo é a continuidade de milhares de empresas, a preservação de empregos e a capacidade de o país manter uma indústria forte, competitiva e capaz de enfrentar os desafios de um mercado globalizado.
Se você é empresário ou importador, este é o momento de agir com estratégia. A decisão que será tomada pode trazer impactos duradouros, mas também abre espaço para quem sabe onde e como atuar para proteger seus resultados.
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