Tal como outros países europeus, Portugal também irá celebrar a passagem do ano de forma diferente, pelo menos na capital e no Porto, onde as autarquias anunciaram o cancelamento de festejos na rua, incluindo o fogo de artifício
Com o “confinamento de Natal” decretado este sábado nos Países Baixos para conter a propagação da nova variante Ómicron na época natalícia, os restantes países da Europa ponderam seguir o mesmo caminho, com o Reino Unido a admitir a hipótese de novas restrições durante este período, e França e Itália a cancelarem as celebrações do Ano Novo.
Na tarde deste sábado, o primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte, anunciou o confinamento geral do país, obrigando ao encerramento de todo o comércio não essencial, bem como restaurantes, museus e outros locais públicos a partir deste domingo e até ao dia 14 de janeiro. De acordo com o chefe do executivo, este confinamento já era “inevitável” nesta altura de maiores ajuntamentos.
Na última semana, os Países Baixos registaram um aumento do número de casos diários de covid-19 e de mortes, passando de 13.783 casos e 28 óbitos registados na segunda-feira para 13.259 novos casos e 48 mortes.
Este domingo, o ministro da Saúde britânico não excluiu a hipótese de impor novas restrições neste período, tendo em conta o número crescente de infeções por covid-19 no país, dos quais cerca de 60% são relacionados com a Ómicron, que tem vindo a preocupar as autoridades de saúde em todo o mundo pelo elevado nível de transmissibilidade.
Os números de contágios da covid-19 Reino Unido quase duplicaram na última semana, passando dos 53,923casos diários e 38 óbitos, registados na segunda-feira, para82.886 casos diários 45 mortes apresentados este domingo.
Sajid Javid adiantou ao jornal britânico Daily Telegraph que o Reino Unido vai enfrentar “um tsunami de infeções nos próximos dias e semanas”, salientando que ainda há muitas dúvidas em relação à gravidade desta variante do vírus SARS-CoV-2.
“A Ómicron dissemina-se a um ritmo nunca antes visto e [o número de infeções] tem duplicado a cada dois a três dias. Ontem [sábado], o Reino Unido registou mais de 90 mil novos casos. Estamos extremamente confiantes de que o número de pessoas infetadas que ainda não receberam a confirmação de um teste positivo é significativamente maior do que esse”, frisou Javid naquele jornal.