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Tendências Altas nos Preços Mundiais do Arroz

Em novembro, os preços mundiais do arroz subiram em média 3%, estimulados pelo aumento da demanda global no período precedendo as férias de finais de ano
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Originalmente publicado em: Tendências altas nos preços mundiais do arroz (www.agrolink.com.br)

Arroz

Em novembro, os preços mundiais do arroz subiram em média 3%, estimulados pelo aumento da demanda global no período precedendo as férias de finais de ano. No Paquistão, o incremento foi mais significativo devido à forte demanda chinesa. Atualmente, a principal novidade tem sido o cancelamento parcial das restrições à exportação da Índia, mas apenas para o arroz orgânico não-basmati, incluindo o arroz quebrado. Contudo, a atenuação das restrições poderia ser estendida a outras categorias de arroz. Estas limitações, que entraram em vigor em setembro passado,  não tiveram um impacto significativo no abastecimento mundial. Mas eles contribuíram para o aumento dos preços nos mercados regionais, particularmente na África subsaariana e no sudeste asiático.

No final de novembro, os preços mundiais ainda estavam subindo devido ao aumento da demanda no sudeste asiático, em particular na Indonésia onde as autoridades anunciaram a importação de meio milhão de toneladas nos próximos meses. Os preços mundiais em 2023 devem permanecer firmes durante grande parte do ano, apesar da provável contração do comércio mundial de arroz em 3%, devido a uma queda de 2,4% na produção mundial, a maior desde 2002. Em novembro, o índice OSIRIZ/InfoRice (IPO) subiu 5,2 pontos para 205,9 pontos (base 100=janeiro de 2000) contra 200,7 pontos em outubro. No início de dezembro, o índice IPO se mantivesse firme, atingindo seu nível mais alto desde maio de 2021, para 212 pontos.

Produção mundial

De acordo com as últimas estimativas da FAO, a produção mundial de arroz em 2022 deve cair 2,4% para 772,3 Mt (512,8 Mt base beneficiado) contra 791,6 Mt em 2021. É a maior contração anual desde 2002 devido às más condições climáticas no sul da Ásia, especialmente na Índia onde a cultura principal poderia cair 4,5%. China também, espera-se uma queda de 1,3% na produção.

Porém, as safras na Tailândia e no Vietnã poderiam aumentar em 1%. Nos Estados Unidos, a produção caiu 14% como resultado de uma nova redução nas áreas arrozeiras. No Mercosul, a produção caiu 8%, voltando ao seu nível de 2020. Na África subsaariana, a produção de arroz foi novamente perturbada pela falta de insumos e inundações. Entretanto, a produção 2022/2023 poderia melhorar, especialmente na África Ocidental. 

Comércio e estoques mundiais

Em 2022, espera-se que o comércio mundial do arroz aumente 5,6% para 54,5 Mt. Esta estimativa foi relevada em relação ao mês anterior devido à atenuação das restrições à exportação da Índia que haviam sido anunciadas no início de setembro. Em contraste, os impactos do declínio da produção global em 2022 serão sentidos em 2023, com a redução prevista do comércio mundial em 2,9% para 52,9 Mt. Na Ásia, as necessidades de importação permanecem estáveis, enquanto na África subsaariana, as importações aumentaram de 6% em 2022, principalmente devido ao reavivamento das importações da Nigéria e da Costa do Marfim. No hemisfério oeste, as importações também devem aumentar, assim como na União Europeia.

Do lado dos exportadores, as vendas indianas poderiam finalmente atingir cerca de 21 Mt, com uma leve diminuição de 2% em comparação ao volume recorde de 2021, mantendo assim sua liderança com 40% das exportações mundiais. A Tailândia e o Vietnã poderiam terminar o ano quase ao mesmo nível graças à forte atividade do mercado externo no final de 2022.

Os estoques mundiais de arroz no final de 2022 poderiam aumentar em 1,7% para 197,1 Mt contra 193,8 Mt em 2021, representando 38% das necessidades de consumo mundial e permanecendo acima da média dos últimos cinco anos. A queda de 2% nos estoques chineses deve ser compensada pelo aumento de 16% nos estoques indianos. Entretanto, os estoques chineses continuam abundantes, equivalentes a 65% do consumo anual doméstico e 50% dos estoques mundiais. Nos principais países exportadores, os estoques aumentaram em 15% para 63 Mt, já representando 32% dos estoques mundiais. Em 2023, espera-se que os estoques mundiais diminuam 1,6% devido à queda anunciada da produção mundial em 2022/2023.

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Sobre Cícero Costa
Cícero Costa é advogado tributarista, professor de direito tributário, especialista em direito tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários, com MBA em negociação e tributação internacional e palestrante. Sua atuação prática em mais de 15 anos de experiência fizeram de Cícero um dos maiores especialistas em precatórios e importação em Alagoas.