A reforma tributária traz mudanças significativas na estrutura de custos das empresas, exigindo a renegociação de contratos com fornecedores e ajustes nos preços de venda. A implementação da CBS e do IBS pode alterar a carga tributária de forma abrupta, o que torna essencial um planejamento tributário eficiente. Empresários devem se antecipar para adaptar seus contratos, reduzir custos e aumentar a competitividade no mercado.
Introdução
A Reforma Tributária já está redesenhando o cenário para todas as empresas no Brasil, e quem não agir agora pode comprometer sua competitividade no futuro. A substituição de tributos por novos modelos, como a CBS e o IBS, aliada à ampliação do sistema de creditamento, muda radicalmente a estrutura de custos nas cadeias produtivas. Com isso, surge uma necessidade urgente: renegociar contratos para refletir o novo equilíbrio econômico-financeiro.
Essa nova dinâmica tributária não se limita ao setor fiscal das empresas, ela impacta diretamente preços, margens e relações contratuais. Desde contratos com fornecedores até vínculos com o poder público, será preciso revisar cláusulas, recalcular preços e avaliar riscos. A boa notícia? Quem se adiantar nesse processo poderá conquistar ganhos estratégicos e sair à frente da concorrência.
O que muda com a reforma e por que isso afeta seus contratos
As alterações previstas vão muito além do mero redesenho de tributos. A partir de 2027, a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) começa a substituir tributos federais como PIS e Cofins. Em 2029, o ICMS e o ISS darão lugar ao IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), e até 2033 o novo modelo estará, teoricamente, completamente implantado.
Com isso, contratos firmados hoje, especialmente os de longo prazo, precisarão ser revistos com urgência. Como aponta Bernard Appy, secretário da Reforma Tributária, todos os contratos com efeitos a partir de 2027 já deveriam prever as mudanças. Isso envolve tanto contratos de aquisição quanto de venda, exigindo ajustes de cláusulas e precificação.
Além da mudança de tributos, a principal disrupção será o novo sistema de creditamento, que promete ser mais amplo. Isso significa que compras e insumos que hoje não geram crédito tributário poderão passar a gerar, exigindo uma análise minuciosa da cadeia de custos.
Impactos diretos e as empresas mais atingidas
Empresas de meios de pagamento, instituições financeiras, seguradoras e o setor imobiliário já estão à frente, contratando análises especializadas para renegociar cláusulas contratuais. Questões como tempo de operação, split payment e novos custos tributários passaram a exigir revisão jurídica imediata.
Elisa Henriques, sócia do Velloza Advogados, afirma que a reforma representa uma mudança estrutural na forma de fazer negócios. Segundo ela, empresas precisam revisar toda a cadeia de custos, do fornecedor à entrega final, para ajustar preços de forma precisa. Deixar isso para depois pode significar perder margens, competitividade e contratos.
Outra questão crítica é que, embora contratos públicos tenham previsão legal expressa para reequilíbrio econômico-financeiro (Lei nº 214/2025), no setor privado essa renegociação depende de oportunidade e convencimento comercial. Ou seja, quem se antecipa, sai na frente.
Planejamento: a chave para virar o jogo
Empresas que identificarem corretamente quais estratégias ainda poderão ser usadas, as que estão em vigor e como se aplicarão nas novas regras poderão manter seu fluxo de caixa saudável e seus preços competitivos.
É exatamente neste ponto que o planejamento tributário se mostra vital. A antecipação de riscos e a simulação de cenários são passos indispensáveis para minimizar o impacto da transição. Mais do que nunca, empresários precisam agir com inteligência e cautela, e isso exige parceiros experientes ao lado.
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Conclusão
A reforma tributária não é apenas uma pauta de Brasília. Ela está nos seus contratos, na sua precificação e no futuro da sua empresa. Antecipar-se, revisar estratégias e buscar apoio técnico são atitudes que definirão os vencedores desse novo jogo tributário.
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