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Importação de Veículos Continua a Crescer

A constante escassez de produto impulsiona a tendência de crescimento dos veículos importados no mercado automóvel em julho.
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Originalmente Publicado em:. Importação de veículos continua a crescer – Jornal das Oficinas

A constante escassez de produto impulsiona a tendência de crescimento dos veículos importados no mercado automóvel em julho. Comparativamente ao mesmo mês de 2019, o aumento registado é de +13%.

Em julho verifica-se um ligeiro crescimento de +0,6% na procura de veículos usados, face ao mês de junho, superior às quedas registadas nos anos anteriores (-11% em 2021 e -30% em 2020), evidenciando a continua recuperação do mercado automóvel. No entanto, a oferta tem uma quebra de -1,8%, o que resulta, ainda assim, numa dinâmica de mercado positiva, de +2,4%.

  • A transferência de propriedade de ligeiros de passageiros teve uma quebra de -5,6% em junho de 2022, face ao mês homólogo de 2021, com um ligeiro crescimento de +1,3% em comparação com junho de 2019, no pré-pandemia. Há, paralelamente, um crescimento de +24% dos veículos importados em julho, face ao mesmo período do ano passado, que está relacionado com a falta de stock nacional.

No que diz respeito aos veículos importados (ligeiros de passageiros), a procura por segmento mantém-se estável de forma geral, em julho, exceto nos utilitários (20%) que têm vindo a aumentar significativamente ao longo dos últimos meses. Os compactos (38%) continuam a ser o segmento mais procurado.

  • O preço médio praticado pelos vendedores profissionais continua a subir progressivamente, sobretudo desde agosto de 2021, fixando-se nos 22.500€ em julho. Tal representa um aumento de +17% face a julho de 2021, quando o preço médio era cerca de 19.250€.

Nos modelos mais representativos no Standvirtual, com 50 mil quilómetros e a diesel, nota-se uma estabilização de preços que já se começou a verificar nos meses anteriores. O custo do Renault Megane Sport Tourer mantém-se em julho (21.000€), bem como o do Nissan Qashqai (24.100€) e Mercedes-Benz A180 (30.200€). O Renault Clio é o único modelo que revela um ligeiro aumento do preço, passando de cerca de 16.900€ para 17.100€.

 

De acordo com os dados fornecidos pela BCA, os preços sobem ligeiramente no comércio e retalho em julho, mantendo-se a pressão sobre o mercado, sobretudo nos carros com mais de 10 anos.

Na secção de veículos novos do Standvirtual, regista-se uma tendência de crescimento em julho (+18%, em linha com os dados da ACAP), face ao mês homólogo de 2021, mas com uma quebra comparativamente ao mesmo período de 2019 (-21%). Os veículos a gasolina lideram, uma vez que o interesse pelos automóveis elétricos diminuiu ligeiramente em julho, comparativamente ao mês anterior.

Segundo dados da ACAP, em julho verifica-se um aumento de +18,8% no total do mercado automóvel, face ao mesmo período de 2021 e uma quebra de -5,9% no acumulado anual face a 2021. As energias alternativas (veículos eletrificados e híbridos GPL) representaram cerca de 35% do mercado total de ligeiros em julho de 2022, com o gasóleo (18%) a perder quota de mercado.

O Standvirtual realizou um webinar para apresentar o barómetro do mercado automóvel, em parceria com a Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP). O evento online contou com o contributo de Luís Porém (Administrador da Bomcar), António Machado (Administrador Usados da Caetano Auto), Paulo Neves (Direção Usados do Grupo Motorpor), Maria Neffe, do Departamento Económico-Estatístico da ACAP, Daniel Rocha (Diretor de Estudos e Planeamento do Standvirtual), Pedro Soares (Diretor Comercial do Standvirtual) e Nuno C. Branco (Diretor Geral do Standvirtual). O webinar teve como principal objetivo divulgar os números e analisar os temas mais relevantes do mercado automóvel.

 

Luís Porém, Administrador da Bomcar, refere que:

“A partir de 2020 as pessoas tiveram mais tempo livre e as muitas limitações impostas nos transportes públicos fez o mercado das motas crescer fortemente. A transformação tem sido grande e o digital essencial, a internet é sem dúvida o segundo melhor vendedor e o primeiro é um cliente satisfeito. O ano de 2021 foi um dos melhores anos para as marcas, no entanto, em 2022 estamos com alguma falta de produto. Para este segundo semestre do ano esperamos ainda uma quebra tradicional nas vendas pelos motivos sazonais”.

Para António Machado, Administrador Usados da Caetano Auto, “a importação de carros não é a solução para a falta de automóveis. A redução de stock e as mudanças do processo de vendas foram algumas das medidas implementadas para suportar a escassez de produto que estamos a viver. O nosso stock reduziu 75%, de 2020 até julho de 2022, e prevemos chegar a setembro com cerca de 5%, altura em que esperamos algum reabastecimento. A nível das nossas equipas de vendas, a alteração principal foi deixar de pensar só em vender o carro e acrescentar mais valor ao cliente”.

 

Paulo Neves, Direção Usados do Grupo Motorpor, explica como “a realidade dos consumidores no sul do Tejo é um pouco diferente das grandes cidades. O Alentejo tem um mercado disperso e tradicional, com a particularidade da proximidade com o cliente e a ligação de anos com o vendedor. Os carros usados elétricos nas regiões do Alentejo e do Algarve continuam a ter uma procura pouco acentuada, ao contrário de Setúbal que apresenta algum interesse no segmento. Começamos agora também a analisar e investir nos importados. Sentimos que conseguimos desta forma encontrar produtos específicos que em Portugal ainda não existem”.

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Sobre Cícero Costa
Cícero Costa é advogado tributarista, professor de direito tributário, especialista em direito tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários, com MBA em negociação e tributação internacional e palestrante. Sua atuação prática em mais de 15 anos de experiência fizeram de Cícero um dos maiores especialistas em precatórios e importação em Alagoas.