A revogação do decreto que facilitava a importação de resíduos sólidos impõe novas exigências técnicas e limitações às indústrias brasileiras. A mudança afeta diretamente empresários e importadores que dependem desses insumos. Com critérios mais rigorosos e impacto nos custos operacionais, o planejamento tributário se torna essencial…
Introdução
Em meio a pressões de diversos setores, o governo federal revogou um decreto que flexibilizava a importação de resíduos sólidos para a indústria brasileira. A decisão, publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de maio, provocou reações imediatas entre empresários, recicladores, cooperativas e importadores.
A medida exige atenção especial do setor produtivo, pois redefine as bases da concorrência e interfere diretamente no custo de produção de muitas indústrias que utilizam resíduos como insumo. Para quem empreende nesse segmento, a mudança representa mais do que uma atualização legal: ela redefine as estratégias comerciais e tributárias que garantem sobrevivência e crescimento no mercado brasileiro.
Entenda o que mudou no decreto e como isso afeta o seu negócio
A primeira versão do decreto, publicada em abril, havia autorizado a entrada de uma lista de resíduos sólidos, como papel, plástico, metal e vidro, sob o argumento de que não havia volume suficiente no mercado interno para abastecer a demanda da indústria. Isso gerou forte reação das cooperativas de catadores, que viram nessa decisão um risco direto à sua subsistência, já que esses materiais representam a base da sua renda.
Com a repercussão negativa, especialmente entre entidades sociais e trabalhadores da economia circular, o governo optou por revogar o texto original. A nova norma retirou a lista de materiais autorizados à importação e instituiu critérios técnicos mais rígidos, que serão regulamentados posteriormente. A decisão também trouxe novas exigências para as empresas que desejam importar resíduos, como a comprovação de viabilidade econômica, reciclabilidade, e o impacto ambiental e social da operação.
Entre as novas determinações, destaca-se a recomendação de que a indústria dê preferência ao uso de resíduos provenientes do mercado nacional, beneficiando diretamente cooperativas e organizações populares.
Além disso, os Certificados de Crédito de Reciclagem não poderão ser utilizados em operações que envolvam resíduos importados, reforçando o foco na economia circular interna. Veremos, no final desta notícia, saídas para essas problemáticas.
Por que o governo recuou e quem são os mais afetados pela medida
A revogação do decreto foi motivada por pressão de entidades de catadores e pela repercussão negativa do texto anterior, que ficou conhecido como “o decreto da fome” entre os galpões de triagem. Isso porque a entrada de resíduos importados poderia reduzir drasticamente os valores pagos por materiais recicláveis no Brasil, como o plástico PET, que caiu de R$ 4,00 para R$ 0,70 por quilo em algumas regiões após a liberação anterior.
Setores diretamente impactados incluem empresas recicladoras, fabricantes de embalagens, indústrias de transformação e importadores de insumos alternativos. Pequenos e médios empresários que utilizam resíduos recicláveis como matéria-prima precisarão reavaliar seus custos e estratégias de fornecimento. Isso se aplica tanto aos grandes da cadeia quanto aos pequenos negócios que dependem da importação para manter a competitividade diante da escassez ou do alto custo interno.
Além dos impactos operacionais, haverá implicações logísticas e tributárias que exigirão atenção redobrada. A possibilidade de importação passa a depender de critérios técnicos definidos pela Camex, como grau de pureza, viabilidade econômica e o impacto ambiental, o que, na prática, reduz drasticamente as autorizações e dificulta o trâmite para empresários que dependem de previsibilidade e segurança jurídica.
Entre os outros pontos avaliados estão a disponibilidade do resíduo no mercado nacional, seu grau de reciclabilidade. A expectativa do governo é que a importação de resíduos como papelão, plástico PET, vidro, alumínio e ferro, sofra uma redução superior a 90%, impactando diretamente a dinâmica de suprimento industrial.
Apesar do cenário restritivo, a importação de resíduos sólidos não será extinta, apenas mais seletiva. Isso abre uma janela de oportunidades para empresários e importadores que estiverem preparados para operar dentro dos novos parâmetros legais. Com planejamento estratégico e alinhamento técnico às exigências regulatórias, é possível não apenas manter a competitividade no setor, mas até ganhar vantagem frente à concorrência menos estruturada.
Como manter a competitividade? As saídas propostas
Em um cenário de mudanças regulatórias e aumento de custos operacionais, o planejamento tributário eficaz se torna uma ferramenta indispensável para empresas e importadores. Estruturar as operações de forma estratégica pode ser a diferença entre manter a competitividade ou ser sufocado pela carga fiscal. E é aqui que entra a expertise da Xpoents, uma empresa com mais de 20 anos de atuação ajudando negócios a prosperarem no Brasil.
Através de soluções inteligentes de planejamento tributário e aproveitamento de incentivos fiscais, a Xpoents auxilia empresas a reduzirem legalmente sua carga de ICMS na importação, além de oferecer segurança jurídica e caminhos alternativos para problemas recorrentes na importação, isso sem depender exclusivamente da mudança de cenário regulatório.
Não importa se você é um grande importador ou um empresário de pequeno ou médio porte: ter um planejamento tributário alinhado à legislação vigente e às oportunidades estaduais pode blindar sua empresa contra oscilações como essa, e garantir um posicionamento sólido no mercado. A Xpoents não apenas oferece esse serviço, ela transforma o desafio tributário em uma vantagem competitiva concreta.
A importância da estratégia em tempos de incerteza
A recente reviravolta no cenário regulatório da importação de resíduos sólidos serve como alerta para todos os empresários e importadores: depender apenas do ambiente político ou das decisões governamentais é arriscado. Em um Brasil onde mudanças legais podem ser repentinas, a estratégia precisa vir antes da crise.
Mais do que nunca, pensar de forma inteligente sobre tributação, incentivos e estruturação societária é essencial para quem busca longevidade e crescimento. Especialmente em setores impactados diretamente por decisões como essa, onde o custo operacional pode aumentar de forma inesperada, a antecipação e o planejamento são sinônimos de sobrevivência.
Conclusão
Se sua empresa atua com importação, transformação industrial ou depende de insumos recicláveis, este é o momento certo para repensar sua estrutura tributária. A Xpoents pode ajudar você a transformar o impacto dessa medida em ganhos reais de competitividade, redução de ICMS e melhoria no fluxo de caixa.
Entre em contato com a nossa equipe de especialistas e entenda como podemos construir uma solução sob medida para sua empresa.