Mesmo com a tarifa de 25%, as importações de aço plano cresceram mais de 70% em maio, sobrecarregando portos e derrubando preços no mercado nacional. Pequenas, médias e grandes empresas enfrentam estoques inflacionados e risco de prejuízo. A competitividade externa continua forte, exigindo planejamento e decisões inteligentes. Empresários e importadores precisam agir para proteger suas margens.
Introdução
O setor do aço no Brasil enfrenta um momento de inflexão que impacta diretamente pequenas, médias e grandes empresas. Apesar das medidas governamentais recentes para conter a competitividade externa, as importações continuam crescendo de forma agressiva, com reflexos imediatos nos preços, estoques e margens de lucro. A complexidade tributária e a alta volatilidade do mercado exigem dos empresários atenção redobrada e decisões estratégicas fundamentadas.
O que está acontecendo com o mercado do aço no Brasil?
Em maio, as importações brasileiras de aço plano saltaram 71,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior, atingindo 417,9 mil toneladas. Mesmo com a tarifa de 25% vigente, empresários continuam optando pela importação, o que demonstra uma diferença significativa de preço em relação ao mercado interno. O porto de São Francisco do Sul, principal porta de entrada do produto, registrou 212 mil toneladas só no último mês.
Segundo o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), os estoques internos já somam 1,07 milhão de toneladas, o suficiente para 3,3 meses de venda, um número acima da média histórica. Desse total, 685 mil toneladas são de laminados a quente, representando um aumento de 22% em relação ao ano anterior. A consequência? Queda nos preços internos, que já acumulam retração entre 15% e 16% desde janeiro.
Apesar da pressão nos preços e dos juros altos, o mercado interno segue aquecido. Em maio, foram comercializadas 329 mil toneladas de aço plano, um aumento de 4,2% em relação ao mesmo mês de 2024. A expectativa é de que junho feche com crescimento de 4% nas vendas. No entanto, esse crescimento pode ser insuficiente para compensar a desvalorização dos estoques já adquiridos a preços mais altos.
Por que isso está acontecendo, e quem mais sente os impactos?
A decisão do governo de renovar o sistema de cotas e tarifas teve como objetivo frear a entrada descontrolada de aço estrangeiro e proteger a indústria nacional. No entanto, a inclusão de apenas quatro novos produtos à lista de alíquota elevada ainda permite brechas de importação que vêm sendo exploradas por grandes e pequenos players do setor.
Empresas que operam com margem apertada, como distribuidores regionais e importadores de médio porte, estão entre as mais afetadas. A compra de aço com preços elevados no início do ano contrasta com o atual cenário de reposição, gerando prejuízo imediato nos estoques. O risco de que os preços sigam em queda nos próximos meses aumenta a pressão financeira sobre essas organizações.
Importadores estabelecidos em zonas incentivadas, como a Zona Franca de Manaus, que respondeu por 101 mil toneladas em maio, também vivem uma contradição. Apesar do benefício logístico e fiscal da região, o excesso de oferta internacional está desequilibrando o mercado e exigindo um novo nível de planejamento para que essas vantagens não se tornem armadilhas tributárias.
Planejamento tributário: a resposta estratégica em tempos de incerteza
Em um ambiente de oscilações abruptas como o atual, o planejamento tributário deixa de ser uma opção e se torna necessidade estratégica. Com o uso inteligente de benefícios fiscais e o domínio das regras de ICMS, é possível reverter cenários de prejuízo e transformar gargalos tributários em alavancas de competitividade. Um exemplo prático está no Regime Especial de Alagoas (REIAL), que concede incentivos robustos para empresas que importam e distribuem produtos no país, inclusive aço.
É nesse ponto que a Xpoents se diferencia. Com mais de 20 anos de atuação e uma abordagem técnica e personalizada, a empresa atua na gestão de incentivos fiscais, revisão de operações e estruturação de regimes especiais. Nossa missão é clara: aumentar o fluxo de caixa, reduzir a carga tributária e elevar o desempenho competitivo dos nossos clientes.
Nosso trabalho vai além da simples conformidade fiscal. Em casos como o atual, com tarifas agressivas e volatilidade cambial, oferecemos uma engenharia tributária sob medida que garante previsibilidade e proteção jurídica, especialmente em operações interestaduais e regimes de substituição tributária do ICMS.
Conclusão
O cenário do aço é desafiador, mas também é uma oportunidade para quem estiver estrategicamente posicionado. Enquanto muitos perdem margem e acumulam estoques com prejuízo, empresas que planejam corretamente sua estrutura tributária ganham vantagem e ampliam sua presença no mercado.
Se você é empresário, distribuidor ou importador, este é o momento de agir. Fale com a Xpoents. Estamos prontos para te ajudar a encontrar soluções legais, eficazes e sob medida para sua operação, protegendo sua margem e sua sustentabilidade financeira.