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Economia do Afeganistão e o Impacto Global pelo Talibã

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Sumário

Após 20 anos de presença de Forças dos Estados Unidos no Afeganistão após a invasão e Guerra ao Terror consequente dos atentados do dia 11 de setembro de 2001, o grupo Talibã voltou ao poder do país, deixando dúvidas sobre o que deve acontecer com a Economia do Afeganistão e o Comércio Exterior.  

Era de se esperar que o grupo retornasse ao poder, no entanto esse fato ocorreu em um curto espaço de tempo e surpreendeu os líderes mundiais e agentes do comércio. 

Infelizmente, tivemos que ver nos últimos dias pessoas se amontoando buscando subir em aviões prestes a decolar e caindo de aeronaves já em voo, na tentativa de fugir da ameaça aos Direitos Humanos que representa o Talibã. 

O Afeganistão é um país asiático e está localizado no centro desse continente. Faz fronteira com o Turcomenistão, Uzbequistão, Tadjiquistão, China, Paquistão e Irã. 

Importações e Exportações

Os produtos mais importados do Afeganistão aqui no Brasil são: Instrumentos e aparelhos de medição, verificação, análise e controle; Torneiras válvulas e dispositivos semelhantes; Ferramentas para uso manual ou em máquinas; Sabão, preparações de limpeza e de polimento e Máquinas e aparelhos elétricos.

Em 2020, o valor que o Brasil gastou na compra de produtos do Afeganistão foi de US$ 0,2 milhões. Dessa forma, no ranking de importações, o Afeganistão ocupa o 135º lugar.

Só para exemplificar, até abril de 2021, o Brasil aponta um Superávit de US$  6,6 milhões, isso significa que foram exportados mais produtos para o Afeganistão do que importados do país. Entretanto, o país asiático atualmente ocupa o 133º lugar no ranking de exportações. 

Entre os produtos exportados para o Afeganistão estão: Carnes de aves e suas miudezas comestíveis; Leite, creme de leite e laticínios, exceto manteiga; Café torrado, extratos, essências e concentrados de café; Milho não moído, exceto milho doce e Demais produtos – Indústria de Transformação.

Sendo assim, podemos perceber que o país afegão não é um grande parceiro comercial do Brasil.

No entanto, o país fica em uma localização geoestratégica importante que liga o Oriente Médio à Ásia Central e ao subcontinente indiano.

Assim, conforme apontado pelo professor Leonardo Paz em entrevista à revista Isto é Dinheiro, o retorno do Talibã ao poder do Afeganistão deve ter pouco efeito, pois o país tem uma economia pequena e não tem relevância internacional em nenhum setor. 

Da mesma forma, o Brasil não será impactado economicamente, já que praticamente não tem relação comercial significativa com a Economia do Afeganistão. 

Segunda maior cidade do Afeganistão é ocupada pelo Talibã | Rádio BandNews  FM

Outros Impactos na Economia Global

Como visto, o mundo deverá sentir pouco impacto quanto às importações e exportações, entretanto a economia mundial é ameaçada de forma direta. 

Mas o mercado teme que o Afeganistão volte a ser alvo de ataques terroristas, criando tensões no Oriente Médio e aumentando a volatilidade dos mercados.

O país também pode voltar a ser um grande aliado de grupos terroristas que podem acentuar ataques aos Estados Unidos e países da Europa. 

Além dessas questões, a retomada tão rápida e avassaladora do Talibã expõe falhas nas decisões da Casa Branca e já vimos como a política nos Estados Unidos da América pode afetar o Comércio Global. Além disso, tensões no Oriente Médio também podem pressionar o petróleo e os títulos da Rússia.

Muito além das questões econômicas, devemos nos preocupar que esse movimento radical não dá o menor sinal de abandonar a prática rigorosa do Islã, devendo afetar principalmente mulheres e crianças que verão seus Direitos desaparecendo do dia para a noite. 

As mulheres devem abandonar o trabalho e serem obrigadas a utilizar o Hijabe. E os sequestros de adolescentes e casamentos forçados já aumentaram em áreas conquistadas pelos insurgentes.

Resta agora saber quais serão os posicionamentos das grandes potências mundiais quanto a esse assunto nos próximos meses.

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Sobre Cícero Costa
Cícero Costa é advogado tributarista, professor de direito tributário, especialista em direito tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários, com MBA em negociação e tributação internacional e palestrante. Sua atuação prática em mais de 15 anos de experiência fizeram de Cícero um dos maiores especialistas em precatórios e importação em Alagoas.