Alta do dólar e queda da renda reduzem importação de bens industriais em janeiro
A alta no dólar e a queda na renda da população reduziram o volume de bens industriais importados em janeiro, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
A única exceção foi a importação de bens intermediários, que cresceu 4,0% em janeiro de 2021 ante janeiro de 2020. O volume importado de bens de consumo semiduráveis despencou 25,6% no período; o de bens de consumo não duráveis caiu 8,2%; bens de consumo duráveis recuaram 17,6%; e bens de capital encolheram 3,0%.
O volume exportado pela indústria de transformação brasileira cresceu em bens de consumo duráveis (16,5% em janeiro de 2021 ante janeiro de 2020, puxado pelo setor automotivo) e bens de consumo não duráveis (4,3%). Houve redução nas exportações de bens de capital (-9,1%), semiduráveis (-15,9%) e intermediários (-8,6%).
Em janeiro de 2021, o volume exportado pelo Brasil cresceu para a China (4,9% ante janeiro de 2020), Argentina (28,6%) e para os demais países da América do Sul (11,3%).
“Se mantido o atual patamar do câmbio, por volta de R$/US$ 5,00 e a expectativa de crescimento positivo na Argentina, de cerca de 4%, é possível que as exportações de manufaturas continuem aumentando. Lembra-se que no ano passado, a queda foi muito acentuada, assim a comparação é feita com um referencial de baixo nível de volume. Essa mesma consideração se aplica aos ‘Demais países da América do Sul’, ou seja, perspectiva de crescimento das exportações”, apontou a FGV, em nota oficial.
Quanto ao volume importado, houve recuo de 32,0% nas compras brasileiras da China em janeiro, mas avanço de 18,3% da Argentina e 22,5% dos demais países da América do Sul. O resultado é puxado pela aquisição de energia elétrica da Argentina e cobre do Chile, além de adubos e fertilizantes.
Fonte: ISTOÉ Dinheiro
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