“O futuro dos negócios no Brasil está prestes a mudar e você precisa estar preparado para o que vem por aí.”
Se você é um empresário, seja dono de uma pequena loja, gestor de uma média empresa ou CEO de um grande conglomerado, há uma revolução silenciosa em curso que pode redefinir onde e como você opera. A reforma tributária, com sua promessa de extinguir R$ 200 bilhões em incentivos fiscais até 2033, não é apenas uma mudança nas regras do jogo. É um terremoto que pode sacudir a geografia econômica do país. E, como em qualquer terremoto, quem estiver preparado sairá ileso ou até mesmo fortalecido.
Imagine isso: empresas que migraram para estados distantes em busca de benefícios fiscais agora estão considerando voltar para casa. Montadoras, centros de distribuição, indústrias farmacêuticas todas estão recalculando suas estratégias. E você? Já parou para pensar como essa mudança pode afetar o seu negócio?
O fim da guerra fiscal: uma nova era para os negócios
A guerra fiscal entre os estados, que por décadas incentivou empresas a se deslocarem para regiões com melhores benefícios tributários, está com os dias contados. Bernard Appy, secretário extraordinário da Reforma Tributária, já adiantou que a alíquota do ICMS será reduzida, mas os incentivos fiscais desaparecerão gradualmente até 2033. Isso significa que, em breve, a localização da sua empresa não será mais ditada por descontos fiscais, mas sim por fatores como infraestrutura, proximidade do mercado consumidor e acesso a mão de obra qualificada.
E aqui está o ponto crucial: se você não se adaptar, corre o risco de ficar para trás. Empresas que hoje estão em estados como Goiás, Santa Catarina ou no Nordeste podem encontrar motivos para retornar a polos industriais como São Paulo, onde a infraestrutura e o mercado consumidor são mais robustos. Mas não se engane isso não é uma regra universal. Cada setor terá suas próprias dinâmicas, e é aí que entra a sua capacidade de análise e planejamento.
O que isso significa para o seu negócio?
Vamos ser práticos. Se você é dono de uma empresa de vestuário ou alimentos, a proximidade com o consumidor final pode ser um fator decisivo para manter ou mudar sua localização. Já para indústrias com estruturas pesadas, como frigoríficos ou montadoras, o custo de desmobilização pode ser um obstáculo significativo. Mas, como bem disse o consultor Angelo Angelis, “tem que fazer as contas”. E essas contas não são apenas financeiras são estratégicas.
E não pense que isso é uma preocupação apenas para as grandes corporações. Pequenas e médias empresas também sentirão o impacto. Afinal, se grandes montadoras ou centros de distribuição decidirem migrar, toda a cadeia produtiva ao seu redor será afetada. Fornecedores, prestadores de serviços e até mesmo o comércio local podem sentir o baque.
Oportunidades no horizonte
Mas nem tudo são nuvens escuras. A reforma também traz oportunidades. O Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, por exemplo, terá R$ 60 bilhões para investir em infraestrutura, inovação e desenvolvimento científico. Estados que hoje dependem de incentivos fiscais para atrair empresas poderão, finalmente, investir em melhorias que beneficiem todos os negócios locais incluindo o seu.
Além disso, o fim da guerra fiscal pode nivelar o campo de jogo, criando uma concorrência mais justa e saudável. Como bem pontuou Rodrigo Spada, da Febrafite, as empresas voltarão a decidir com base em fatores reais de mercado, e não em benefícios fiscais passageiros. E isso, meu caro empresário, é uma excelente notícia para quem está disposto a competir com qualidade e eficiência.
O que fazer agora?
A primeira coisa é não entrar em pânico. Mudanças dessa magnitude não acontecem da noite para o dia. A redução dos incentivos será gradual, e você tem tempo para se preparar. Mas não caia na armadilha da procrastinação. Comece agora a avaliar como a reforma tributária pode impactar o seu negócio. Consulte especialistas, faça simulações, analise seus custos e sua cadeia de suprimentos.
E, acima de tudo, mantenha-se informado. O mundo dos negócios é como um jogo de xadrez: quem antecipa os movimentos do adversário tem mais chances de vencer. A reforma tributária é um movimento importante, mas não é o único. Esteja atento, seja ágil e, principalmente, seja estratégico.
Conclusão: o futuro pertence aos preparados
A reforma tributária é um divisor de águas. Ela redefine as regras, mas também abre portas para quem souber enxergar além do óbvio. Se você quer não apenas sobreviver, mas prosperar nesse novo cenário, é hora de agir. Reavalie sua localização, seus custos, sua estratégia. E, lembre-se: o sucesso não é questão de sorte, mas de preparação.
Então, eu pergunto: você está pronto para o que vem por aí?
