Mato Grosso Desafia a Tendência: O Que Isso Significa Para Seu Negócio?
Empresário, imagine abrir seu caixa no final do mês e perceber que, desta vez, a mordida do Estado ficou ainda maior. Para muitos no Brasil, esse será o cenário em 2025. Mas se seu negócio está em Mato Grosso, a história pode ser diferente.
Enquanto 18 Estados e o Distrito Federal decidiram elevar a alíquota do ICMS, Mato Grosso seguiu na contramão. A pergunta que fica é: qual o impacto dessa decisão para o seu faturamento?
Um Movimento Raro em Tempos de Alta Tributária
A alíquota média do ICMS no Brasil saltará de 17,61% para 19,24% em 2025, impulsionada por aumentos expressivos em Estados como Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte. O Maranhão, por exemplo, levará sua alíquota modal de 18% para 23% – uma mudança drástica que certamente será sentida no bolso dos empresários.
Mas enquanto boa parte do país busca recompor arrecadações perdidas desde 2022 com aumentos de impostos, Mato Grosso adota outra estratégia. Em vez de repassar a conta para o setor produtivo, o Estado mantém a alíquota do ICMS estável.
Decisão Inteligente ou Risco Fiscal?
A grande questão é: essa política é sustentável? Estados como São Paulo e Alagoas também têm apostado em estratégias alternativas – cortando gastos, revisando benefícios fiscais e incentivando a regularização tributária.
São Paulo, por exemplo, aposta no programa Direção Certa, que equilibra as contas públicas sem pressionar ainda mais os contribuintes. Enquanto isso, Alagoas, que já aumentou sua alíquota de 17% para 19% em 2023, descarta novos reajustes no curto prazo.
Será que Mato Grosso conseguirá manter essa postura no longo prazo? Ou, como já aconteceu em outros Estados, o governo local será pressionado a aumentar as alíquotas futuramente?
O Que Isso Significa Para Você?
Se você é empresário e opera em Mato Grosso, essa notícia pode ser um alívio. Em um cenário onde cada ponto percentual de imposto impacta diretamente a margem de lucro, manter a alíquota estável pode significar maior previsibilidade para seus negócios.
Mas a história ainda está sendo escrita. O impacto real dessa decisão dependerá da capacidade do Estado em equilibrar arrecadação e despesas. E, claro, do comportamento da economia nos próximos meses.
A pergunta que fica é: essa política deve ser seguida por outros Estados ou é uma aposta arriscada? Deixe sua opinião. Afinal, quem paga essa conta no fim do dia é sempre o setor produtivo.
Como Isso Afeta a Competitividade Entre os Estados?
A carga tributária é um fator decisivo na competitividade entre os Estados. Quando um Estado opta por não aumentar impostos enquanto seus vizinhos elevam as alíquotas, ele se torna automaticamente mais atrativo para empresas e investidores.
No caso de Mato Grosso, essa decisão pode representar uma vantagem estratégica na atração de novos negócios, especialmente em setores que lidam com margens apertadas, como comércio e indústria. Empresas que operam em múltiplos Estados podem passar a priorizar operações onde a carga tributária é mais favorável, o que impacta diretamente na movimentação econômica regional.
Além disso, a decisão de Mato Grosso pode servir como um teste para a tese de que manter impostos estáveis gera crescimento econômico suficiente para compensar a arrecadação. Se o Estado conseguir sustentar sua receita sem aumentar alíquotas, isso pode inspirar outras unidades da federação a repensarem seus próprios modelos tributários.
A Reação do Mercado e dos Empresários
O empresariado sempre observa com atenção qualquer mudança no cenário tributário. Em Estados onde o ICMS aumentou, já há relatos de empresários estudando formas de reduzir custos ou, em alguns casos, até transferindo operações para locais mais vantajosos.
Por outro lado, a decisão de Mato Grosso pode criar um ambiente de maior confiança entre investidores e empreendedores locais. Sem a incerteza de aumentos repentinos na carga tributária, as empresas podem planejar melhor seus investimentos, expandir operações e contratar mais funcionários sem a sombra de novos impostos sobre suas receitas.
No entanto, o mercado também sabe que a estabilidade fiscal depende da saúde financeira do Estado. Se o governo de Mato Grosso não conseguir manter o equilíbrio das contas públicas, essa política poderá se tornar insustentável, levando a cortes de serviços ou ajustes tributários futuros.
A questão que fica no ar é: essa estratégia será um diferencial competitivo ou um desafio fiscal no longo prazo? O tempo e os resultados econômicos dirão.