Medicamentos Importados Seguirão Isentos de II até 2025

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Em um cenário de mudanças tributárias que promete impactar o mercado farmacêutico e o bolso dos brasileiros, uma notícia trazida pela Agência Câmara de Notícias chama atenção: medicamentos importados continuarão isentos de Imposto de Importação até o final de 2025. A medida tem o objetivo de manter o acesso a medicamentos essenciais que, de outra forma, seriam inacessíveis para grande parte da população. Contudo, esse benefício contrasta com a expiração, em 25 de outubro, da isenção de impostos sobre medicamentos nacionais, fato que poderá elevar os preços de produtos fabricados e distribuídos no Brasil, conforme alertou recentemente a Frente Parlamentar Pelo Livre Mercado.

A importância de manter medicamentos acessíveis para a população

O acesso a medicamentos de baixo custo é uma questão central para o bem-estar social e a saúde pública no Brasil. Com a descontinuação da isenção de impostos sobre medicamentos nacionais, a previsão é de que o valor de muitos tratamentos aumente, especialmente aqueles destinados a doenças crônicas como hipertensão, diabetes e outras condições que afetam milhões de brasileiros.

 A desoneração tributária sobre medicamentos nacionais sempre foi uma forma de aliviar o custo desses produtos e torná-los acessíveis à população. Agora, com o fim dessa política, a isenção mantida para medicamentos importados surge como uma alternativa importante, mas que levanta preocupações sobre a dependência de produtos estrangeiros em um setor crucial.

Em um país onde as condições socioeconômicas limitam a renda de muitas famílias, manter medicamentos acessíveis é uma necessidade básica. Dados recentes apontam que 35% dos brasileiros sofrem com doenças crônicas e necessitam de medicações diárias ou de uso contínuo.

 Com o aumento nos preços de medicamentos nacionais, espera-se um impacto direto na saúde de milhões de pessoas que, diante do novo cenário, podem precisar recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS) para acessar esses tratamentos, aumentando ainda mais a sobrecarga do sistema público.

Impacto econômico e na cadeia produtiva nacional

Enquanto a isenção de Imposto de Importação sobre medicamentos importados até 2025 é uma medida bem-vinda para a garantia de acesso a alguns produtos específicos, muitos defendem que políticas semelhantes também deveriam ser aplicadas aos medicamentos produzidos no Brasil.

 Sem a isenção para produtos nacionais, os custos de produção no Brasil tendem a aumentar, o que pode levar à perda de competitividade para medicamentos locais em comparação com os importados, além de comprometer a cadeia produtiva nacional, que emprega milhares de pessoas.

Especialistas do setor farmacêutico apontam que o fim da isenção de impostos sobre medicamentos nacionais pode resultar em uma dependência maior de produtos importados. Essa situação aumenta a vulnerabilidade do país a fatores externos, como oscilações cambiais e problemas logísticos internacionais, que podem afetar a continuidade do abastecimento de medicamentos essenciais no Brasil. 

Diante disso, muitos defendem que o governo federal adote uma política de incentivo que inclua tanto produtos nacionais quanto importados, assegurando a competitividade da indústria farmacêutica brasileira.

Repercussão política e social

A Frente Parlamentar Pelo Livre Mercado tem sido uma das principais vozes na defesa de políticas que garantam medicamentos acessíveis à população, independentemente de sua origem. Em declarações recentes, a Frente alertou para o risco de descontinuidade no tratamento de milhões de brasileiros que, sem o apoio fiscal, podem não conseguir adquirir medicamentos essenciais. 

Além disso, a Frente Parlamentar destaca a necessidade de uma reforma tributária voltada para o setor da saúde, que garanta que a população mais vulnerável não seja prejudicada em um momento de transição fiscal.

O deputado João Martins, presidente da Frente Parlamentar, destacou em coletiva que “a manutenção da isenção para medicamentos importados é um passo importante, mas precisamos olhar também para os produtos nacionais e não deixar o brasileiro refém de produtos importados.

 Nossa luta é para que haja um equilíbrio fiscal que permita acesso universal a medicamentos.” Ele ainda ressaltou que a Frente continuará a dialogar com o Ministério da Economia e o Congresso para rever a situação dos medicamentos nacionais.

Alternativas e o papel do Farmácia Popular

Diante desse cenário, programas como o Farmácia Popular, que oferecem medicamentos gratuitos ou com descontos significativos, tornam-se ainda mais importantes. No entanto, o programa tem enfrentado cortes nos últimos anos, o que coloca em xeque sua capacidade de atender à crescente demanda por medicamentos acessíveis.

 Organizações como a Federação Nacional das Associações de Pacientes com Doenças Crônicas (FENAPC) defendem o fortalecimento do Farmácia Popular e outras políticas públicas de assistência farmacêutica como uma forma de minimizar os impactos da alta dos medicamentos.

Reflexos para o futuro

A continuidade da isenção de Imposto de Importação até 2025 representa uma vitória parcial para a saúde pública, mas especialistas e defensores do setor apontam que é necessário um planejamento mais amplo e inclusivo para garantir que todos os brasileiros tenham acesso a medicamentos. Em um país com desigualdades econômicas expressivas, a dependência de produtos importados pode aumentar o risco de desabastecimento e comprometer a segurança da população.

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Sobre Cícero Costa
Cícero Costa é advogado tributarista, professor de direito tributário, especialista em direito tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários, com MBA em negociação e tributação internacional e palestrante. Sua atuação prática em mais de 15 anos de experiência fizeram de Cícero um dos maiores especialistas em precatórios e importação em Alagoas.