A indústria do aço no Brasil enfrenta uma crise devido ao aumento das importações, levando a uma redução na produção e na geração de empregos.
O Instituto Aço Brasil prevê uma queda de 8% na produção para 31,4 milhões de toneladas e uma diminuição de 5,6% nas vendas internas para 19,2 milhões de toneladas em 2023. As importações de aço estrangeiro aumentaram significativamente, com um salto de 48,6% para 4,98 milhões de toneladas.
As importações de aços planos pelo Brasil desacelerou em outubro, após atingir seu ponto mais alto em setembro. Isso ocorreu devido à redução de estoques em um dos principais portos do país, na preparação para a chegada do material.
Este cenário ocorre em um momento em que as usinas siderúrgicas intensificam seus apelos para que o governo imponha restrições comerciais.
Conforme os dados fornecidos pelo Inda, em outubro, as importações de laminadores quentes no Brasil registraram uma queda de quase 26% em relação ao pico alcançado em setembro, quando o volume importado atingiu 90,7 mil toneladas.
No caso dos laminados a frio, a redução foi de aproximadamente 44%, em comparação com o ápice de setembro, que totalizou 73,5 mil toneladas.
Há meses, as principais siderúrgicas, incluindo Usiminas, Gerdau, CSN e ArcelorMittal, foram instituídas pelo governo federal para aplicar uma tarifa de importação de 25% sobre o aço importado no Brasil.
Essa solicitação é fundamentada na alegação de prática de dumping por parte da China.
De janeiro a outubro, enquanto todos os planos de aço registraram um aumento significativo de 47% em comparação com o mesmo período de 2022, atingindo quase 2 milhões de toneladas, conforme indicado pelos dados do Inda.
No contexto específico de outubro, observou-se um crescimento de 15% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
No entanto, em comparação com setembro, houve uma queda de 15%, totalizando 204,6 mil toneladas.
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